sexta-feira, 28 de setembro de 2007

DOENÇAS RENAIS NO PAÍS

SEMANA INTERNACIONAL DO RIM (12/3/2007)
País registra epidemia de doenças renais
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Presidente da sociedade de Nefrologia no Ceará, Sônia Holanda, recomenda check-up anual (Foto: João Luís)


Entendo que a campanha é positiva, realiza um papel importante de divulgação e esclarecimento. - Ronnayra Pereira Lima, 18 ANOS, Estudante


Tenho um irmão com 66 anos e somente agora ele veio descobrir que era doente renal crônico. - Zenaide Vieira do Nascimento, 61 ANOS, Professora


Eu temo pela doença renal, porque sei o grau de sofrimento que causa às pessoas, quando estão na fase crônica. - Geyse Martins, 21 ANOS, Professora
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A taxa de mortalidade de pacientes em diálise é de 50% em cinco anos. Além disso, o tratamento para pacientes renais crônicos tem crescido cerca de 10% ao ano, sendo que 40% dos doentes renais em todo o País estão na fila de espera para a realização de transplantes.

Com esses dados, a Sociedade Brasileira de Nefrologia, regional do Ceará, chama a atenção para a prevenção da doença renal, especialmente para a execução de políticas públicas que possam possibilitar o diagnóstico na fase primária.

Os números apontam para uma epidemia da doença no Brasil, acarretando sofrimentos para as pessoas e crescentes e altos custos no atendimento de parte da demanda.

Prevenção

Foi com esse objetivo que se encerrou, no sábado passado, a Semana Internacional do Rim, numa iniciativa da entidade no Ceará, levando estudantes de Medicina, das quatro universidades cearenses (Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Christus e Universidade Estadual do Ceará) para um contato com o público, prestando serviços de saúde e falando sobre a enfermidade, principalmente sobre os riscos e a prevenção.

Além da distribuição de material de informação sobre a patologia e as formas de prevenção, houve também a medição de pressão, peso e altura.

A presidente da Sociedade no Ceará, Sônia Holanda, explicou que a iniciativa consistiu em levar os estudantes e material de divulgação para diferentes pontos de reunião de pessoas, na perspectiva de se formar uma consciência abrangente sobre os perigos causados pela doença renal.

Com isso, foram feitos postos de atendimento de divulgação em terminais de ônibus, na Praça do Ferreira, na Colônia de Pescadores Z-8, e, se encerrando, no North Shopping.

“Estima-se que no Brasil, mais de dois milhões de pessoas estão acometidas de doença renal crônica, sendo que 60% não têm conhecimento da enfermidade. Isso acontece, porque os sintomas se manifestam muito tardiamente”, explicou Sônia Holanda.

A presidente Sociedade Brasileira de Nefrologia no Ceará, lembra que quando o paciente toma conta do quadro de sintomas, já se encontra numa fase de necessidade de tratamento de diálise ou até mesmo de transplantes.

“Nesta campanha, queremos mostrar à população a importância de se fazer anualmente exames que revelam o grau de função dos rins, como os de creatinina e sumário de urina, principalmente para aqueles que pertencem aos grupos de riscos, tais como hipertensos, diabéticos, obesos com mais de 60 anos e crianças com menos de cinco anos”, acrescentou.

Sônia Holanda lembra que é importante para quem pertence a grupo de risco fazer o check-up anual e, sobretudo, procurando o especialista médico, que é o nefrologista.

A doença renal crônica pode causar aumento da pressão arterial, anemia e danos nos nervos, doença cardiovascular (infarto, derrame ou má circulação nas pernas, enfraquecimento dos ossos, perda progressiva e irreversível da função renal e morte.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, há uma oferta de especialistas dessa doença que poderiam estar atendendo um número muito maior de pacientes, equilibrando, assim, melhor a relação entre a oferta de profissionais e a demanda.

ANÁLISE

Conhecer todo o histórico de doenças da família;
Realizar avaliação médica anual, principalmente após os 40 anos de idade;
Seguir uma dieta balanceada e controlar o peso;
Fazer exercícios físicos de modo regular;
Não fumar;
Se ingerir bebidas alcoólicas, fazê-lo com moderação;
Monitorar os níveis de colesterol;
Evitar o uso de medicações sem orientação médica;
Fazer

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