quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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Corpos

TRANSPLANTE RENAL

TRANSPLANTE RENAL

O transplante é a substituição dos rins doentes por um rim saudável de um doador. É o método mais efetivo e de menor custo para a reabilitação de um paciente com insuficiência renal crônica terminal.

A técnica cirúrgica e os cuidados do transplante renal foram bem estabelecidos como tratamento adequado para a insuficiência crônica renal a partir de 1965.

Hoje, no Brasil, aproximadamente 35.000 pacientes com insuficiência renal crônica estão em tratamento pela diálise. Destes, somente três mil conseguem ser transplantados anualmente. A razão dessa longa fila de espera se deve ao pequeno número anual de transplantes renais. No Brasil, só conseguimos transplantar 10 % dos pacientes que estão na lista de espera.

Além disso, a mortalidade em hemodiálise em todo o mundo e no Brasil é da ordem anual de 15 a 25 %. Se somarmos os pacientes transplantados (10 %) aos que morrem em hemodiálise (15 a 25 %) restam anualmente 65 a 75 % de pacientes na lista de espera. A esse grupo deve-se somar os novos renais crônicos que surgem todo o ano, em torno de 35 a 50 para cada um milhão de habitantes.

Quem pode fazer transplante renal?

Todo o paciente renal crônico pode se submeter a um transplante desde que apresente algumas condições clínicas como: suportar uma cirurgia, com duração de 4 a 6 horas; não ter lesões em outros órgãos que impeçam o transplante, como cirrose, câncer ou acidentes vasculares; não ter infecção ou focos ativos na urina, nos dentes, tuberculose ou fungos; e não ter problemas imunológicos adquiridos por muitas transfusões ou várias gestações.

Quem pode doar um rim?

Podem doar rim pessoas vivas e pessoas em morte cerebral. O doador vivo pode ser da família (pai, mãe, irmão, filhos), ou de outra pessoa relacionada com o receptor. Todos os doadores vivos devem estar em plena consciência do ato que estão praticando. Após serem examinados clínica e laboratorialmente e se não apresentarem nenhuma contra-indicação podem doar o rim.

Algumas vezes são realizados transplantes com doador vivo não relacionado, exemplo esposa (o). Nesses casos a investigação realizada é muito maior e deve haver algum grau de compatibilidade dos tecidos para não haver rejeição.

É muito importante em todo o transplante, seja de doador vivo ou não que o sangue e os tecidos sejam compatíveis. Essa semelhança evita que o sistema de defesa imunológica do receptor estranhe o novo rim e o rejeite. Para isso, são feitos exames da tipagem sangüínea (ABO) e dos antígenos dos glóbulos brancos (HLA). O HLA é um exame igual ao de paternidade e/ou maternidade.

Para o doador por morte cerebral, há uma rotina e um protocolo nacional que são seguidos rigidamente pelas equipes de transplante. Os principais passos são os seguintes:

1 Constatar a morte cerebral;
2 Afastar qualquer doença que inviabilize o transplante;
3 Reconhecer a viabilidade do órgão a ser doado;
4 Realizar as provas de compatibilidade;
5 Procurar o receptor mais parecido (compatível);
6 Enviar o órgão ao local da cirurgia do receptor.

Como se prepara um transplante de doador vivo?

O transplante de doador vivo é um processo que segue os seguintes passos:

1 São afastadas as contra-indicações de ordem física e de fundo emocional;
2 Compara-se o grupo sangüíneo do doador e do receptor que devem ser compatíveis;
3 Verifica-se a compatibilidade (HLA), semelhança entre o receptor e o doador;
4 Estuda-se o doador para verificar se pode doar sem prejuízos e se não tem alguma doença;
5 Estuda-se o receptor para verificar se não está sensibilizado para evitar crise aguda de rejeição contra o rim doado;
6 Deve-se começar antes da cirurgia o tratamento com os imunossupressores;

Esses são os passos principais, mas o transplante de rim de doador vivo ou não tem rotinas específicas de cada equipe de transplante.

Cuidados com o paciente transplantado:

Após a cirurgia, iniciam-se os cuidados médicos que vão durar para toda a vida do transplantado. Exames clínicos e laboratoriais são feitos diariamente durante os primeiros 15 a 20 dias para diagnosticar e prevenir as rejeições.

Após a alta, o transplantado faz exames clínicos e laboratoriais semanalmente, por 30 dias, depois duas vezes por mês. Os três primeiros meses são os mais difíceis e perigosos, porque é o período no qual ocorre o maior número (75%) de rejeições e complicações infecciosas.

A partir do terceiro mês, iniciam-se os exames mensais durante 6 meses. E o controle vai se espaçando conforme a evolução clínica e o estado do rim.

Nunca, sob hipótese alguma, o paciente pode interromper ou modificar a medicação, ou deixar de fazer os exames indicados. É uma obrigação para o resto da vida. Uma falha pode ser fatal. A crise de rejeição pode ocorrer a qualquer momento, mesmo após muitos anos de um transplante bem sucedido.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Como posso receber um transplante de rim de cadáver?

Quem pode doar rim para transplante?

São muitos os exames para doação?

O rim doado pode transmitir doenças?

A lista de espera para transplante é muito grande?

Vou continuar tomando remédios depois do transplante?







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Autores: Dr. Otto Busato (†)

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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A LUTA PELA SOBREVIVENCIA: HEPATITES

A LUTA PELA SOBREVIVENCIA: HEPATITES

A LUTA PELA SOBREVIVENCIA: HEPATITES

A LUTA PELA SOBREVIVENCIA: HEPATITES

HEPATITES

Hepatites
As hepatites agudas mais freqüentemente são causadas por dois tipos principais de vírus: o vírus A, transmissível pela ingestão de alimentos ou água contaminada e o vírus B, que só provoca a doença através do ato sexual ou quando injetado acidentalmente no sangue, por meio de seringas ou objetos cortantes por ele infectados.


Os vírus A e B são muito resistentes: sobrevivem cerca de um ano, a uma temperatura de 10 a 20ºC, e passam facilmente pelos filtros que retêm bactérias. A forma de contágio é o que melhor os distingue. Além disso, também o período de incubação é diferente. Quando a contaminação é pelo vírus A, passam-se 15 a 40 dias até que a doença se manifeste. O vírus B, ao contrário, permanece de um e meio a 6 meses no organismo, até que apareçam os primeiros sintomas. Mas a partir do momento em que a doença surge, a evolução de ambas as formas é praticamente idêntica.


SINTOMAS


No começo da doença aparecem perturbações das vias respiratórias, dores musculares, falta de apetite, dor de cabeça, mal-estar geral, febre. Outros sintomas mais característicos vão surgindo gradualmente.


Uma contínua sensação de náusea associa-se a certos sabores e odores e faz com que se rejeitem determinados alimentos. Os alimentos gordurosos, em particular, provocam total repugnância. O cansaço constante e a fraqueza se acentuam. Uma dor incômoda aparece do lado direito.


Em determinado momento, surge um sinal inconfundível: o ''branco'' do olho está amarelo - é o primeiro sinal da icterícia. Durante alguns dias, a febre continua. Em seguida, vai desaparecendo e as perturbações digestivas, vômitos e náuseas se intensificam. O fígado incha e dói, quando palpado. A urina escurece. O exame clínico identifica a doença e os exames de laboratório, quando necessários, complementam o diagnóstico.


DEFESA DO ORGANISMO


Não existe nenhum medicamento específico de combate ao vírus. Mas o repouso facilita o restabelecimento do paciente. Hoje em dia, já não se exige repouso absoluto no leito durante toda a evolução da doença. Recomenda-se apenas nos primeiros dias da fase ictérica, e quando a evolução é favorável, o repouso pode ser "relaxado".


A dieta alimentar é importante para dar ao fígado as condições necessárias para lutar contra o vírus. É em geral recomendado o consumo intenso de hidratos de carbono arroz, massas, biscoitos e doces em geral, que fornecem calorias sem exigir muito trabalho do fígado. As gorduras, ao contrário, são diminuídas a nível mínimo, para permitir o descanso das células hepáticas e favorecer sua regeneração. As proteínas carne, ovos, leite podem ser consumidas normalmente, pois são indispensáveis para o trabalho de regeneração dos tecidos. Quando necessário, pode-se recomendar alguns remédios para complementar o tratamento.




A interpretação de exames e conclusão diagnóstica são atos médicos, que dependem da análise conjunta de dados clínicos e de exames subsidiários, devendo, assim, ser realizadas por um médico.


veja mais. . .

Hepatite A

Hepatite B

Hepatite C

Recidiva da hepatite C pós-transplante

Hepatites Não-A a E

Consenso NIH Hepatite C (artigo em inglês)

Imunizações

CONSENSO HEPATITE B

CONSENSO HEPATITE C




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FÍGADO NORMAL



HEPATITE CRÔNICA